La Belle Verte. Direção: Coline Serreau. Roteiro: Coline Serreau. França, 1996. (99min), son., color.
CENA imagens-sons-em-movimento – realidade e desconexão
Estou caminhando por um supermercado na cidade de Olinda, em Pernambuco, na terra chamada de Brasil. Ali, sinto incômodo, estranheza. Que tipo de alimento é trazido dentro de plásticos? Quem trouxe até ali? Como ele foi produzido? Um super mercado, que vende o que comemos. Qual processo ele teve, por onde passou? Tudo parece mesmo… de plástico, superficial, artificial, sintético… as estantes oferecem comida que muitas vezes nem parecem comida, alimentam o que? Caminho com um incômodo, tudo parece falso, ilusório. Uma montagem de uma vida que não é real. Uma realidade que é esquizo, segmentada, repartida, separada. De que? Do cultivo? Da vida mesmo? De onde vem o que nos alimenta? Saindo do local, na porta, encontro um homem que toca um violino. Uma música que parece mesmo dizer sobre o que estamos vivendo, sobre a realidade do que estamos vivendo. Ali, naquele encontro, sinto e penso uma verdade profunda, algo que diz, uma verdade… a arte comunica, a natureza comunica através da arte. Escutar como exercício constante de conexão.
CENA imagens-sons-em-movimento – da desconexão e conexão que a bela verde provoca
A bela verde ou a turista espacial está em um hospital no Planeta Terra, no continente europeu. Um homem branco com o título de médico obstetra fala gritando com ela, e quase não a deixa falar… Ela o desconecta, e pede ajuda para poder se alimentar no encontro com as/os bebês: no abraço com estes, elas/es a alimentam e ela também, uma troca, através do abraço. O médico, assim desconectado de uma lógica, de um sistema que o faz reproduzir, começa a compreender: não faço partos, nunca fiz partos. Por não saber, pelo medo, apenas costuro, corto, não escuto. Diz para a parteira que ela é quem sabe como é. Busca a mulher para escutar como é o nascimento, com curiosidade e afeto, escuta. Sim, tem consciência, vidência, sente que o jeito que leva a vida, não o leva pra viver… desconectados, reconectam, brotam, sentem e expressam verdades, não únicas e “corretas”, mas as que os(as) atravessa com suas vidas, histórias, corpos…
No entanto, não se trata de nenhum tipo de morte empírica e sim da marca discreta da morte que os força a afirmar a vida como potência de criação, como potência de possíveis. A vida jorra por entre as grades que procuram sempre capturá-la e nos força a um estranho ‘atletismo’, pois algo aconteceu que nos deixou ‘com os olhos vermelhos e o fôlego curto’, ao mesmo tempo, nos invadiu de uma força que faz viver.
E o que aconteceu? Nada de demasiadamente grande ou pequeno e que fez toda a diferença. Nada que antes estava oculto e agora se mostrou. Nada de especial, antes algo que faz parte do cotidiano e sempre esteve ali: ‘a luta da vida com aquilo que a ameaça’.
Só naquele instante, todos os esquemas sensório-motores que nos ‘protegem’, que impermeabilizam nossa pele, que nos fazem suportar, se bloquearam ou se quebraram e nos tornaram videntes naquele instante.
E o que vemos não é o futuro, e, sim, o que transborda no presente. ‘O vidente vê o possível e, com isso ascende a uma nova possibilidade de vida que pede para se realizar’ e nos incita a criá-la. Ele cheira a poeira das virtualidades, roça o Fora e experimenta o sabor da potência para inventar a vida.
A vidência é um acontecimento que nos faz ver a multiplicidade de forças que percorrem uma situação, o duplo de tudo e de cada coisa, suas linhas de segmentaridade mais duras e mais flexíveis, mais sedentárias ou mais nômades, e suas linhas de fuga, de fissura, de resistência. (DOMINGUES, 2010, p. 22 e 23.)
No filme, “La Belle Verte”, ou A Bela Verde, ou como também traduziram, a turista espacial, é uma mulher que nasceu na terra, mas vive em outro planeta, extraterrestre. Neste planeta, a relação parece harmônica entre os seres vivos como um todo e consigo mesmas(os). Comunicam-se por telepatia, não comem outros animais, sentem, trocam, caminham, riem. O filme começa com uma grande reunião anual planetária. Ali, dizem o que cada ser necessita, trocam remédios, alimentos… E falam de como funciona a Terra: um planeta “atrasado”, com dinheiro para tudo, inclusive para se alimentar: mas como, se sem comer morremos?! Uma indignação e história que escutam sobre esse planeta. Alguns foram enviados(as) para a terra. Ninguém quer ir. Mas a personagem Mila deseja ir, a bela verde. Sua mãe é de lá! Ali, no outro planeta, vivem em torno de 280 anos. Morrem serenos(as). Como é na Terra? Estudam arqueologia para conhecer os processos de transformação que os(as) levaram a se relacionar assim, em harmonia, conexão. Na viagem para a Terra, as experiências começam: a bela verde não consegue respirar em Paris, na França, com o ar poluído. O que ela come lhe faz mal. Ela percebe que as pessoas estão doentes, também pelo que comem, como se alimentam. E a cada pergunta que faz e conversa que tem, algumas desconexões são feitas: as pessoas sentem e parecem ter como essa vidência do que é, de como vivem, do que é sincero, e verdadeiro. Dos jeitos de viver que não têm sentir, que oprimem. Vender doces quase vencidos, caminhar sem sentir os pés, gritar por ter tido um retrovisor de carro esfolado, não se comunicar com o filho, usar batom para ser amada… pequenos acontecimentos que recriam sentidos, de como vivemos. Os dois filhos da bela verde também chegam na Terra. Mas não chegam em Paris. Acabam encontrando um povo que é “evoluído” como eles. Um povoado de população negra, talvez no continente africano. Não dizem onde, mas colhem, plantam, recebem-nos com afeto e abertura, e também são fortes em telepatia. É preciso outros seres de outros planetas para olhar e dizer com estrangeirismo e “de fora”, para dizer como não vivemos, apenas sobrevivemos? É preciso uma visão da história, para compreender que as hierarquias e destruições por dominação e exploração entre os seres é produtora de morte? Que tipo de escuta, olhar, precisamos fazer? Que tipo de sentimentos, sensações, conversações são necessárias para que nosso corpo sinta, pense, reconecte?
Imagens e sons que pulsam o momento presente e possível. Da potência mesmo que tem o sentir, aquilo que nos atravessa: é nosso corpo e também expande, amplia, é entre, maior. Ecologias que são relações. Relações ecológicas. Encontros pela curiosidade, cuidado e não controle, ou dominação. Ou sentir o que produz essa dominação e buscar aquilo que produz encontro. Uma ou mais ecologias, também, quem sabe. Relações que se (re)criam. Relações ecológicas afetivas e criativas. Alguns encontros com textos que traçam relações com as diferenças. Abaixo, trechos retirados de “As três ecologias” (2012), de Félix Guattari:
(…), ao passo que só uma articulação ético-política – a que chamo de ecosofia – entre os três registros ecológicos (o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana) é que poderia esclarecer convenientemente tais questões. (GUATTARI, 2012, p.8).
Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais. Essa revolução deverá concernir, portanto, não só às relações de forças visíveis em grande escala, mas também aos domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo. (GUATTARI, 2012, p. 9.)
É a relação da subjetividade com sua exterioridade – seja ela social, animal, vegetal, cósmica – que se encontra assim comprometida numa espécie de movimento geral de implosão e infantilização regressiva. A alteridade tende a perder toda a aspereza. O turismo, por exemplo, se resume quase sempre a uma viagem sem sair do lugar, no seio das mesmas redundâncias de imagens e comportamentos. (GUATTARI, 2012, p. 8)
O que quer que seja, parece-me urgente desfazer-se de todas as referências e metáforas científicas para forjar novos paradigmas que serão, de preferência, de inspiração ético estéticas. (GUATTARI, 2012, p.18, grifo meu)
A sensibilidade ocupa a casa da subjetividade. Ou as subjetividades ocupam a casa da sensibilidade. Casas que (se) visitam. Moradias temporárias e cultivadas. Podemos acompanhar, cartografar territórios existenciais diversos através do sensível, entrelaçados com os territórios físicos, geográficos. Repensar e sentir, ontologias relacionais. Pluriversas. Algumas palavras do livro “Sentipensar com la tierra. Nuevas lecturas sobre desarrollo, territorio y diferencia.” (2013), de Arturo Escobar, inspiram:
En otras palabras, todos/as vivimos y todo vive en el pluriverso. Esta aseveración no puede ser “demostrada” desde la teoría, al menos sin caer en una nueva forma de realismo epistemológico, sino que más bien se deriva de la experiência o, si se quiere, de una posición ético-política que no puede ser demostrada. Adentrarse en el campo de la relacionalidad —comenzar a vivir con la inspiración profunda que evoca y transformar nuestras prácticas y espacios cotidianos de acuerdo a dicha inspiración— no es fácil. En certa forma requiere una reconversión ontológica. Parte de este proceso requerirá, por lo menos, de una verdadera y perpetua invención de nuevas prácticas, incluso mediante instrumentos como las tecnologías digitales; parte surgirá de abrirse con atención a aquellos grupos y formas de pensar que han mantenido vivas las formas relacionales de existir. (ESCOBAR, 2013, p. 60, grifo meu)
Ontologias relacionais. Confluências relacionais, que produzem e recriam ecologias afetivas… sonoras, imaginativas, ficcionais e sensíveis… reais… realidade que se sente… Leituras que trazem profundidade, densidade, imagens. Encontros que atravessam poros, trazem presença. Transições ecológicas-ontológicas de produção da diferença e relações com a Terra. Povos originários, afrodescendentes e camponesas trazem outras formas e modos de viver em contraposição ao modelo econômico político capitalista e extrativista. Não são povos de outros planetas, mas de outros mundos que compartilham nossa casa Terra. Para isso, outras narrativas vão sendo construídas e outras formas de escutar também. Narrativas que podem ser incorporadas, em (produção de) transição. Narrativas que são corpo, palavra discurso que é vida. Dizer que é viver. Através do afeto e relações afetivas, de encontro. Uma revolução cultural. Diferentes narrativas sensivelmente vividas, diferentes subjetividades, diferentes ontologias. Em transição e coexistências entre os seres (humanos, não humanos…). Para inspirar, um conversa com Nego Bispo…
Dandara: Pensando nesta comunicação harmoniosa para a vida que os povos africanos e indígenas têm e tiveram, eu tenho aprendido com o senhor que a confluência é uma das mais belas e importantes relações com a diversidade. Que a confluência é uma possibilidade em curso de harmonia entre todas as vidas. Quando o senhor pensa na confluência, qual é a imagem, o fenômeno, o processo que lhe vem? Em qual momento de sua vivência lhe ocorreu a confluência e a transfluência? Como o senhor chegou a esses pensamentos?
Nego Bispo: Eu penso muito a partir das imagens, e uma das imagens com a qual eu mais me movimento é com as águas. Eu penso muito com as águas e nas águas. Então a confluência e a transfluência são muito mais visíveis através das águas. Como compreendemos a transfluência? Nós compreendemos a transfluência pelas forças das águas em superar os obstáculos. Ninguém consegue parar as águas. Mas a coisa mais bela que nos mostra a transfluência é como as águas de um rio aqui neste lugar que chamaram de Brasil, se misturam com as águas de um rio na África, se tem um oceano de águas salgadas no meio. Ou seja, através da evaporação as águas transfluem nos oceanos, ou através do subsolo, por baixo dos próprios oceanos. Então a água tem essa grandeza de transfluir através dos vapores, transfluir através da infiltração ou transfluir rompendo paredões. Ou seja, a força das águas é uma força que está em tudo, e assim está em todas as vidas, porque a água está em todos os lugares. Nas árvores, animais, pedras. Então as águas estão em todas as vidas e de uma forma fantástica. Estão nos movimentos e movimentam tudo. (DORNELES,2021, p 17)
CENA imagens-sons-em-movimento – (d)o início e (d)o percurso fluxo
As águas iniciam e escorrem por todo o filme. Ela está no começo, imagens sons das águas…e faz comunicação entre os planetas. Temos água em nosso corpo e fora de nós. Da origem da relação, os sons… das águas, dos ventos… e uma cantoria que acompanha a caminhada para um grande encontro. Abraços, alegrias, trocas, crianças se alimentam em abundância, brincam no riacho. A mulher mais velha abre a reunião do planeta.
Do início para o final do filme…durante…das águas, escutas, e silêncios. Elas vão sendo guia. Reaprender a sentir e a escutar. Uma escuta que silencia. Saberes orgânicos e não sintéticos, como afirma Nego Bispo, com suas palavras germinantes. Palavras que são cultivadas e alimentam. Que são palavras de cultivo, para a vida.
Os saberes orgânicos na verdade são saberes cosmológicos. São os saberes que nos envolvem a partir do ser. Mas como nós chegamos a estas denominações de “saberes orgânicos” e “sintéticos”? Primeiro, pensando nos povos africanos. Os povos africanos que foram trazidos de forma forçada de África para cá, sem puderem falar suas línguas. Eles até sabiam falar, mas não tinham com quem falar, por conta da separação das famílias, por conta do afastamento das pessoas que falavam a mesma língua. Então é um povo trazido com vários bloqueios sobre as suas línguas, as suas sementes, os seus saberes, os seus modos. E aí este povo chega em uma terra onde tem outro povo que eles nunca tinham visto e de repente eles conseguem se comunicar, e se comunicam muito bem. Conseguem se entender e de forma harmoniosa. Ou seja, não existe mesmo na história colonialista relatos de ataques e, digamos assim, de extinção massiva entre os povos africanos e dos povos originários dessa terra. Por que não houve isso?
Porque houve uma comunicação para a vida. Uma comunicação da vida para a vida. É isso o que nós chamamos de saberes orgânicos. Então, quando dizemos que os nossos saberes são orgânicos, é porque são saberes voltados para o ser, voltados para a vida. São saberes resolutivos. E quando nós estamos dizendo que os saberes dos eurocristãos colonialistas são saberes sintéticos, é porque são saberes de fato voltados para o ter. São saberes extraídos da vida, extraídos do ser para beneficiar o ter. Ou seja, a sociedade eurocristã monoteísta é de sintetizar tudo o que é orgânico para transformar em sintético. Esse é o saber deles. Então o saber que produz sintético é o saber sintético, e o saber que produz orgânico é um saber orgânico. Tem umas pessoas que dizem que os saberes deles são ciência e os nossos são ciência também. Eu digo: Não! O meu não é ciência não, o meu é saber orgânico, é sabedoria, e o deles é sintético. Então é isso, a gente precisa praticar os nossos nomes. (DORNELES,2021, p. 16 e 17, grifo meu)
Mesmo sem continuar junto, nós continuamos misturados pela cosmologia. Então o saber orgânico é esse saber que mistura quem não está junto e que ajunta sem misturar.
(…) A academia vive insistindo para que nossas palavras sejam palavras tratadas como conceito, mas nossas palavras não são conceitos. As nossas palavras são germinantes, são sementes. Nós da oralidade somos lavradores e lavradoras de palavras, mas na escrita também se lavra palavra. O papel vem da madeira, então o papel tem vida. A tinta também, às vezes, vem da madeira, mas venha de onde vier, a tinta tem vida. Então colocando a tinta no papel eu estou plantando palavras. As letras são sementes e, quando eu escrevo, eu estou semeando letras sementes que vão germinar em forma de palavras nas bocas de várias pessoas. Essas palavras vão ser armazenadas nas mentes e vão alimentar. Elas são alimentos, são frutos que vão alimentar os sentidos, todos os sentidos. E assim as palavras vão nos movendo pela oralidade, pela escrita ou pelas imagens. Agora, quando você escreve uma letra sintética, sem energia, sem força, desconectada, aí ela não germina. (…) Do que adianta eu saber o significado de alguma coisa, se não sei a funcionalidade dessa coisa. Se eu não sei a operacionalidade dessa coisa. Então a escrita, a oralidade, as imagens e o próprio silêncio são linguagens. As linguagens, elas são operacionalizadas e é essa operacionalização que faz a linguagem ser sintética ou ser orgânica. Então, o que é que eu digo? Quando você escreve uma palavra germinante, você pode estar fazendo uma escrita orgânica. Quando você escreve uma palavra teórica, você está escrevendo uma escrita sintética. Qual é a diferença entre uma palavra germinante e uma palavra teórica? É que a palavra germinante tem trajetória. Ela é uma palavra cosmológica. Ela é uma palavra viva. E a palavra teórica ela é uma palavra morta, é uma palavra sem trajetória, então ela é uma palavra estacionária. (DORNELES,2021, p. 20, grifo meu)
Aqui, uma experimentação de uma escrita que fala em silêncio. Exercício de aprender a falar através do silêncio que provoca a imagem, o som, o movimento, o encontro. Uma comunicação para e com a vida.
CENA imagens-sons-em-movimento – para escutar o silêncio, a alegria que o silêncio provoca, evoca, inspira…
Neste outro planeta, todas(os) estão sentadas(os) para o concerto do silêncio. Escutam, juntas(os), o silêncio e seus sons, sua música. E uma alegria provoca o riso. As meninas da Terra perguntam: “Será que vamos aprender a escutar assim, também?”.
Nego Bispo: (…) Essas pessoas todas falam através do que se chama de parábola, que são palavras germinantes. Por exemplo, Mãe Joana dizia: “Meu filho, plante tudo o que você precisa e tudo o que você qué, e a terra lhe dá o que você merece”. Aqui ela já me diz como eu tenho que me relacionar com a terra. Então que eu me comunicasse com a terra…fazer aquilo que a terra está pedindo. Ela diz assim: “a terra dá e a terra qué”. Então nessas conversas com a Mãe Joana, eu acabei fazendo uma declamação para a minha roça. Uma declamação para a terra.
(…)
Então, como foi que eu me inspirei para fazer essa declamação? Através dos ensinamentos, das inspirações da Mãe Joana. “A terra dá, a terra qué. “Plante o que você precisa, a terra vai lhe dá aquilo que você merece”. Então isso é inspiração. Daqui você vai levar essa inspiração para a vida inteira e para todos os momentos. Então é diferente de educação. A educação, as universidades fazem para educar, extrair toda a sabedoria que tem dentro de você e todo o seu saber orgânico. Colocar em você um saber sintético que é para poder te dominar. Então o que a gente precisa é isso: nos visitar, passear entre nós, nos inspirar. (p.23, grifo meu)
Reconexões necessárias, com escutas, leituras, imagens-sons-em-movimento. Cultivos, plantios, encantamentos, vidências, presenças, insPirAções. Bons caminhos e passeios, e encontros entre nós. Estrangeiras (os) com escutas curiosas, conectadas, encantadas, atentas…
CENA imagens-sons-em-movimento – quando, onde, e como (re)conectar?
Estou assistindo ao filme “La Belle Verte”. Imagens sons movimentos. Vou sentindo dentro, uma abertura, uma presença, uma calmaria. Assim, é isso. Encontros. Estar aqui e abrindo, acalmando, dentro. Fazer o que precisa, o que a natureza, a terra pede. Escutar, de verdade. Comunicar com quem sinto. Comunicar o que sinto. Experimentar dizer, em imagens-palavras-movimentos. Escrevendo, uma presença também se faz. Algo vai se transformando, fluindo, reconectando…
Com essas escritas, algumas possibilidades de CONFLUÊNCIAS E CONVERSAS COM:
DOMINGUES, Laís. A flor da pele: subjetividade, clínica e cinema no contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2010.
ESCOBAR, Arturo. Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre desarrollo, territorio y diferencia. Medellín: Ediciones UNAULA, 2014. 184 p
GUATTARI, Félix. As três ecologias. 21 edição. Campinas: Papirus, 2012
DORNELES, Dandara Rodrigues. Palavras germinantes – entrevista com Nego Bispo. identidade!. São Leopoldo, v. 26, n. 1 e 2, p. 14-26, jan./dez. 2021. Disponível em: http://revistas.est.edu.br/index.php/Identidade/article/view/1186/1010
CURADO, Annaline. Fotografias em confluências com o texto. Portfólio disponível em: https://annalinecurado.wordpress.com/
SELVAGEM ciclos de estudos sobre a vida – https://www.youtube.com/@selvagemciclo8/about