Renata Bastos

Falar de Antroposofia é falar de Rudolf Steiner (1861-1925), pensador que a criou e fundamentou em uma época de valores enaltecidamente materialistas, distantes de alguma concepção ou consideração mais etérea da vida. Nesta época e ainda hoje, uma denominação comum em ciências é o que se entende por uma chamada de natural, que fortalece tudo que possa ser comprovável pelos sentidos, compactuando com os valores materialistas por meio do enfoque físico, visual, audível e/ou “provável”.
A discriminação ou o ato de discriminar ou discernir é uma das práticas mais necessárias ao exercício da filosofia, nesse sentido, sendo a própria filosofia. Como então, uma palavra que represente uma ação tão importante pode ser uma palavra que remeta a algo tão reprovável? Inaceitável do ponto de vista legal e de ideal humano, sendo a questão: como uma palavra tão necessária à vida, à afinidade com o saber, acaba sendo engessada em um ato negativo, inaceitável?